Bastidores 016: racismo, terror e Lovecraft

O LIVRO

Nos Estados Unidos segregados da década de 1950, Atticus é um rapaz negro, veterano da Guerra da Coreia, fã de H. P. Lovecraft e outros escritores de pulp fiction. Ao descobrir que o pai desapareceu, ele volta à cidade natal para, com o tio e a amiga, partir em uma missão de resgate. Na jornada até a mansão do herdeiro da propriedade que mantinha um dos ancestrais de Atticus escravizados, o grupo enfrentará sociedades secretas, rituais sanguinolentos e o preconceito de todos os dias.

Ao chegar, Atticus encontra o pai acorrentado, mantido prisioneiro por uma confraria secreta, que orquestra um ritual cujo personagem principal é o próprio Atticus. A única esperança de salvação do jovem, no entanto, pode ser a semente de sua destruição — e de toda a sua família.

E esta é apenas a primeira parada de uma jornada impressionante que apresenta, além de personagens memoráveis, elementos sobrenaturais, como casas assombradas e portais para outras realidades, objetos enfeitiçados e livros mágicos. A obra é um retrato caleidoscópico do racismo — o fantasma que até hoje assombra o mundo —, e une ficção histórica e pulp noir ao horror e à fantasia de Lovecraft para explorar os terrores da época de segregação racial nos Estados Unidos.

Os capítulos são estruturados ao mesmo tempo como uma coletânea de contos e um romance, e a impressão que se tem ao ler o livro é de que você está maratonando uma série. E por falar nisso, Território Lovecraft vai virar série da HBO com produção executiva de ninguém menos que Jordan Peele, diretor de Corra!, e J. J. Abrams. Lovecraft Country ainda não tem data de estreia, mas definitivamente já está na nossa lista de séries mais aguardadas de 2020!

 Curtiu a história? Garanta a próxima assinando o clube aqui.

A REVISTA

Ilustração de @nippx

O que é mais assustador: realidade ou ficção? Essa pergunta nos acompanha ao longo das oito histórias que compõem Território Lovecraft. O autor Matt Ruff escolheu usar a fantasia para tratar de um dos capítulos mais terríveis da história norte-americana: a segregação racial.

Na revista intrínsecos 016, seguimos o exemplo do autor e mantemos um pé na fantasia e outro na realidade. A jornalista Audrey Furlaneto reuniu alguns fatos surreais – que parecem invenção mas eram comuns nos EUA dos anos 1950 – que inspiraram Ruff a compor as histórias.

No campo da ficção, dois textos mostram a importância da literatura fantástica: um perfil sobre o controverso escritor H. P. Lovecraft, escrito pelo jornalista Ronaldo Pelli, e um artigo sobre a história e a influência da pulp fiction na cultura pop, assinado pela escritora Aline Valek.

Das palavras, passamos às imagens. O crítico de cinema Bruno Galindo se debruça sobre filmes e videoclipes que abordam o racismo por meio do terror, entre eles Corra!, do diretor Jordan Peele.

As incríveis ilustrações de Felipe Freitas dão cara e corpo aos heróis e vilões do livro, atiçando nossa imaginação e nos transportando a esse universo de suspense, terror, gargalhadas e medo.

 

MARCADOR E POSTAL COLECIONÁVEL

O cartão-postal revela a arte de capa da obra que chegará às livrarias 45 dias após o clube, em uma edição diferente, sem o acabamento especial da edição do intrínsecos.

 

BRINDE

O Território Lovecraft é uma área perto de Massachussets, nos Estados Unidos, que abriga todos os locais reais e fictícios das obras de H. P. Lovecraft. Para localizar o leitor na história, enviamos um mapa dessas cidades e regiões, indicando onde nossos personagens estarão ao longo das páginas.

Assim como eles, vamos viajar por estradas perigosas com o brinde da caixa de janeiro. No jogo de tabuleiro inspirado na narrativa, encontraremos obstáculos que remetem aos desafios enfrentados pelos personagens. Poções mágicas, fantasmas possessivos, policiais assustadores são apenas alguns dos monstros que estarão em nosso encalço. É para juntar os amigos e jogar!

 

Perdeu essa caixa? Assine o clube intrínsecos e garanta a próxima! Todo mês você receberá um livro inédito no Brasil em edição exclusiva e capa dura, além de brindes que expandem seu universo literário.

13 comentários sobre “Bastidores 016: racismo, terror e Lovecraft

    1. Oi Maike, tudo bem?

      Então, você recebe o kit do mês, dependendo do dia em que realizar sua assinatura, pois tem um prazo para preparo e envio! Mas as caixas anteriores não, somente as dos meses que virão. 🙂

      Abraços.

    1. Oi Iamanda,

      O kit é sempre composto por um livro inédito, capa dura, uma revista relacionada ao tema do livro, marcador com a arte da futura capa, cartão postal colecionável e um brinde relacionado ao livro também! 🙂

      Abraços.

  1. Seria muito interessante se o club adicionasse uma forma de a gente conseguir resgatar alguma edição anterior. Minha sugestão é:
    A cada quantidade de meses sequenciais assinando o club (3 ou 6 meses) o assinante ter direito a pedir uma edição já lançada (talvez lançada naquele ano ou a partir da edição N° “tal” das boxes), obviamente pagando um valor a mais pela edição desejada, seria muito legal, a pessoa poderia pedir uma nova edição de uma box que já tenha para presentear ou pegar uma box que tenha muito interesse mas perdeu por não ter conhecido o club antes.

  2. O melhor livro que li neste ano. Uma obra que mescla terror, ficção científica e o horror do racismo dos Estados Unidos segregacionista dos anos 50.

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